Saturday, June 7, 2008

Qual será o Futuro dos novos rostos Africanos na moda ?

A expressão - “a ditadura da moda” - é antiga e surgiu porque realmente a Moda sempre ditou duras regras, sempre estabeleceu padrões rígidos quase inalcançáveis .E, como toda ditadura que faça jus ao nome, a Moda sempre esteve envolvida com algumas técnicas de “tortura” - física e psíquica. Chegar o mais próximo possível do padrão de beleza imposto em cada época já envolveu tratamentos estranhos, longos, dolorosos e... caríssimos. A busca pela silhueta perfeita já exigiu o uso de espartilhos apertadíssimos que mais pareciam idealizados por Torquemada... Hoje, a perfeição está intimamente ligada à magreza; ter um corpo com pouca carne e nenhuma gordura é ser perfeito, e ser perfeito é um dos principais requisitos para ser aceite no mundo da Moda, tornou-se meta de milhares de jovens em todo mundo ter medidas cada vez mais reduzidas. Mas existe outra guerra nas passarelas hoje em dia o motivo é a cor da pele...modelos afro descendentes confrontam –se com discriminação racial .
A desproporção entre modelos de raça negra e branca nas passarelas do mundo inteiro é resultado da falta de boa vontade de discriminação?
Não adianta ter um casting de 40 modelos com um negro apenas. É preciso garimpar, e vasculhar melhor para existir mais diversidade racial nas passarelas , campanhas publicitárias
talk shows, na media num geral. O mercado da moda deve lançar um novo olhar sobre essa questão o maior desafio é dar oportunidade e ser unânime . A moda é preconceituosa sim, as vezes eclética, ela é muito dinâmica, trabalha com tendências, muitas das vezes passando a por cima do profissionalismo da côr de pele e etnias, se preocupa com faturamento, a moda corre atrás do brilho, a moda se serve do brilho gerado por pessoas de sucesso. A moda reflecte valores sociais, nossos padrões de beleza e consumo. A beleza negra e usada para inspirar colecções, mas não para a maior participação nos desfiles, esse tipo de discriminação vem se duplicando ate porque hoje em dia os modelos Asiáticos e que comandam ou que mais penetram nas passarelas.
Mas a fusão de referências e influências do Ocidente, do Oriente Américas , Ásia e África não se justifica a visão que temos hoje das raças , principalmente da negra como mero escravo, indolente místico, que é passado e nos livros didáticos. A favor de novas formas de organização social em tempos de “ alternativas e democracia , direitos de igualdade ” - dara lugar ao renascimento de uma nova existência cultural que torna este tema algo sensual, intenso exótico e apaixonante sem ironias será uma paleta de cores requintada, sem que os escuros densos surgem associados a tonalidades mais exóticas... A África foi o berço do homem e pode ser o ainda o futuro da humanidade.
Não se justifica que nas passarelas as pessoas continuam a transformar as suas utopias em vitrines, precisamos romper paradigmas.